Projetos da E.E. Miguel Gontijo são selecionados para Feira de Ciências na UFMG

Os projetos dos alunos do Ensino Médio que irão participar da 2ª Feira do conhecimento da Escola, coordenados pelas Prof. Tânia (Matemática) e Prof. Marcelha (Educação Física) foram selecionados para participarem da Feira de Ciências da UFMG em Belo Horizonte.
O Projeto orientado pela Prof. Tânia trata da poluição sonora e o Projeto orientado pela Prof. Marcelha cuida do tema primeiros socorros.

2ª Feira do Conhecimento do Miguel Gontijo -FECEMG

De 14 a 16 de setembro de 2009 será realizada a 2ª Feira do Conhecimento da e.E. Miguel Gontijo. A Feira tem por objetivo mostrar para a comunidade escolar a produção científica dos alunos do Ensino Médio e do 9º ano da Ensino Fundamental.
A Feira é um projeto do GDP - Transformação/MG, que é coordenado pela Prof. Mércia Antônia Pontes Franco e envolve 14 grupos de trabalho que são orientados por professores da Escola.
A mobilização dos alunos é muito grande.
Os alunos do 3ª ano 31, estão organizando um blog da turma e irão discutir temas relacionados às questões que os preocupam como vestibular, ENEM, novas tecnologias (blog, twitter, orkut e outros), concursos, notícias da turma e outros.

TECNOLOGIAS , COMUNICAÇÃO E INTERNET

Quem imaginou que iria começar a ler sobre os prós e contras do uso das novas tecnologias na escola se enganou. Muitos textos que temos lido vão nessa direção. No entanto, as dúvidas e desafios dos educadores não se referem ao uso dessa ou daquela tecnologia, e sim a posturas e paradigmas de comunicação. Vamos entender por que, ao começarmos nossa conversa falando um pouco sobre COMUNICAÇÃO, essa maravilhosa capacidade do ser humano de elaborar e expressar seus pensamentos e sentimentos em sons, palavras, desenhos, gestos e outras formas...
Quem já parou para pensar no modelo de comunicação que já experimentou na escola ou em casa? E no modelo de comunicação em que estamos inseridos ao entrarmos em contato com a televisão, o jornal, o rádio?
Pois é, para quem ainda não refletiu sobre isso, este é o momento... Segundo estudos teóricos da comunicação, a maioria dos processos de comunicacionais do nosso cotidiano é denominado modelo de comunicação em estrela (a imagem é sugestiva). Nesse modelo, trabalha-se com um único emissor e diversos receptores.
Do ponto de vista comunicacional, a própria escola surgiu baseada no modelo de comunicação em estrela (um único emissor e diversos receptores): disciplinas compartimentadas, campos delimitados, aprendizagem individual com pouca ou nenhuma negociação de sentido. O professor desempenhava o papel de emissor da informação e o aluno o de receptor.
É importante mencionar que o paradigma da comunicação não se baseia, exclusivamente, no meio em si, mas sim do uso que se faz desses meios. Por exemplo, as ações decorrentes do uso da fala, do livro, do giz, da televisão, do rádio, do computador é que definem qual é o paradigma da comunicação que está em jogo. O filósofo francês Michel Sèrres afirma que “As novas tecnologias não trazem novos desafios à Educação”. Segundo Sèrres, os desafios que a escola de hoje enfrenta são antigos e independem das tecnologias.
Dessa forma, podemos considerar que um dos grandes desafios da escola, mais do que utilizar tal ou qual recurso tecnológico, é derrubar o paradigma da comunicação em estrela. Esse movimento já pôde ser observado no final do século XIX, quando alguns educadores começaram a usar métodos e concepções baseados na interação e negociação de sentido, independentemente das tecnologias que dispunham em seu cotidiano.
Um exemplo é o educador francês Celestièn Freinet, que no início do século XX defendia uma escola centrada na criança, considerada como parte de uma comunidade. Em sua metodologia, as crianças aprendiam a Técnica de Impressão, introduzida pelo educador, com a qual reproduziam textos elaborados pelos próprios alunos. Nesse tipo de atividade, prevalecia o espírito cooperativo, e os trabalhos eram apresentados, discutidos e impressos pelas crianças. Os textos eram agrupados com o objetivo de criar um Diário de Classe e um Jornal Escolar.
Podemos dizer que posturas educativas como a de Freinet estão relacionadas a outro modelo comunicacional, o de comunicação em rede (a imagem também é sugestiva). Neste modelo, trabalha-se com muitos pontos interligados, e todos são emissores e receptores de informação.
As invenções do século XIX e XX na área de tecnologias de comunicação e de informação criaram um cotidiano permeado de novas linguagens e de novas possibilidades de comunicação. Vimos o surgimento do computador pessoal (PC), da conexão de vários computadores a um servidor (Intranets) e da rede mundial de computadores, a Internet, que, desde a década de 90, com a popularização da World Wide Web (WWW), vem ganhando grande espaço em nossas vidas.
O mundo de hoje requer do jovem (e de todos nós) a capacidade de se comunicar com um número cada vez maior de pessoas, de processar dados e informações em maior quantidade e com mais velocidade. O crescente acesso aos meios de comunicação também possibilita que a produção e a emissão das informações sejam feitas por mais atores. Vemos o crescimento de canais de televisão, da produção de vídeos, das rádios educativas, de jornais locais...
E é neste ponto que a Internet vem facilitar, de forma extraordinária, o aumento da diversificação dos pontos emissores de informação. Segundo o paradigma da comunicação em rede, a própria estrutura do conhecimento e o modo como a escola trabalhava devem ser questionados.
Hoje já se observa que a abordagem apenas por disciplinas vem perdendo força em relação a abordagens interdisciplinares, que se mostram mais capazes de responder ao modo de criar significados de uma geração que convive com o paradigma de comunicação em rede. A integração das disciplinas favorece que os processos de aprendizagem levem os alunos a se envolverem mais em projetos de estudo com interfaces múltiplas e produção de resultados.
Nesse contexto, a Internet tem se mostrado um meio propício para a efetivação do modelo de comunicação em rede, uma vez que o educador pode:
· Utilizar o computador conectado à rede como um recurso para o seu desenvolvimento pessoal, ao buscar sua própria formação continuada e conteúdos de seu interesse.
· Integrar comunidades virtuais de troca e de aprendizagem, partilhando informações com outros educadores.
· Construir roteiros de atividades para seus alunos a partir de hipertextos e da seleção, recorte, organização e edição de informações coletadas na rede.
· Avaliar o desenvolvimento do aluno, acompanhando o processo de construção do conhecimento a partir de roteiros cognitivos orientados pelo professor ou definidos pelo aluno (por exemplo, com o registro dos caminhos de busca e pesquisa em sites e sua posterior problematização ou com o processo de construção de um texto).
· Publicar na Web produções dos alunos e educadores, ficando disponíveis, gratuitamente, para o acesso de qualquer parte do mundo.
Por fim, outro aspecto bastante simples, mas muito importante, e que a escola não pode ignorar, é o interesse que os alunos têm em manipular e explorar o ciberespaço. Para a escola, que há tanto tempo reclama da falta de interesse dos alunos, está aí uma oportunidade de reverter esse quadro. O educador que conseguir encarar a Internet como sua aliada, estará à frente daqueles que a encaram como um problema.
Mílada T. Gonçalves - pesquisadora do CENPEC e da Equipe doPortal EducaRede

A DIFÍCIL ARTE DE CONCILIAR TRABALHO E ESTUDO

Dia a dia no meu trabalho
O dia a dia de todos nós não é fácil, cada um tem seus deveres, obrigações e seu trabalho. Vou contar um pouco de como é meu trabalho.
Trabalho no estacionamento rotativo na praça da Matriz de Bom Despacho, cobrando R$0,70 (setenta centavos) a hora de cada carro ali no estacionamento. O dinheiro recolhido vai para ABAP(Aliança Bom Despachense de Assistência e Promoção), uma instituição que ajuda crianças e familiares carentes, pessoas necessitadas.
Começo meu trabalho às 13:00, junto comigo mais 5 adolescentes entre 16 e 18 anos, meu trabalho pra quem vê e fácil, mas é difícil. A forma de como lidar com o povo é muito complicado, trabalho a tarde toda cobrando das pessoas, então escuto de tudo, alguns falam que o estacionamento está caro demais, outros dizem que tem que passar para R$1,00(um real) de uma vez, mas todos pagam certo, ou melhor, quase todos, exceto aqueles que tentam sair sem pagar e às vezes conseguem.
Trabalho no rotativo há 6 meses, nunca precisei chamar a polícia no caso de uma pessoa não querer pagar, mas já precisei uma vez que minha colega de trabalho começou a discutir com um motorista que não queria pagar 2 horas de estacionamento, alegando que havia deixado seu carro estacionado a apenas uma hora.
A motorista tentou sair, mas a menina que não queria ficar no prejuízo foi atrás do carro e começou a dar socos e tapas no vidro, então foi acionado a polícia, que chamou as duas pra conversar, em uma discussão que durou quase três horas.
O final dessa historia eu não presenciei, porque meu horário já havia vencido, então já não estava mais lá.
Ocorre também às vezes é acidente de carro, costuma ser apenas estranhos, mas uma vez me marcou ,foi quando um motorista teve uma convulsão dentro do carro, então perdeu o controle e bateu em outro que ali estava estacionado, a batida não foi forte,mas infelizmente por causa da convulsão o motorista faleceu.
Como vocês podem ver meu trabalho não é fácil, já passei por essas e muitas outras histórias estranhas do nosso dia a dia, mas essa experiência me ajuda a aprender a lidar com as pessoas, conheço a realidade dos outros, desenvolvo a tolerância e o respeito.
Encerro meu expediente às 17:00 horas, então vou embora, tomo um banho e vou estudar um pouco, vai ficando tarde tenho que ir deitar, que no dia seguinte tenho escola cedo, e às 13:00 novamente meu trabalho me espera.
Ah! pelo meu trabalho recebo uma bolsa por mês que me ajuda a contribuir para manutenção da minha família.
Vínícius

REDAÇÃO FEITA SOBRE O TEMA "EXCESSO DE INFORMAÇÃO"

Estamos na chamada Era da Informação – uma era em que a quantidade de informação disponível e acessível pegou a todos nós de surpresa. Não estávamos preparados para ela. Antes, as pessoas não sabiam que não sabiam. Agora, sabem que não sabem, e isso, num mundo competitivo e predatório, gera uma sensação de frustração e incapacidade que, aos poucos, vai se transformando em uma ansiedade cada vez maior.
Uma das mudanças fundamentais com relação ao estudo e à obtenção de conhecimento trazida pela web e pela informatização em geral é que o acesso à informação ficou muito mais fácil. Assim, ao se fazer uma pesquisa em uma ferramenta de busca, por exemplo, a quantidade de informações recuperadas acerca daquele tema é tão grande que corremos o sério risco de nos perdermos quanto ao nosso objetivo. Essencialmente, você pode localizar praticamente qualquer informação em alguns poucos segundos fazendo uma simples pesquisa no Google, se souber como procurar.
Nesse excesso de informações, existem muitas notícias e fatos sem nenhuma relevância. Seria então, o problema: Saber escolher o que é informação e descartar o que leva á não-formação das pessoas. Outro efeito negativo recai sobre a questão do aprendizado. Em essência, aprender exige que você se concentre no que está fazendo. Mesmo que o objetivo não seja decorar informações, mas simplesmente compreender novas idéias... interrupções prejudicam o armazenamento das informações, tornando mais difícil se lembrar delas mais tarde, fazendo com que, a longo prazo você acabe tendo muito mais dificuldade em aprender.
O problema atrapalha a vida de pessoas que não sabem lidar com o excesso de informação e acabam desperdiçando momentos preciosos de lazer e descanso. As principais vítimas do estresse digital são trabalhadores que chegam em casa e vão direto para o computador checar os e-mails, sonham com a reunião do dia seguinte e, nas férias, o laptop e o celular são os primeiros itens da mala de viagem. A ânsia de manter-se atualizado o tempo todo devido à alta competitividade do mercado pode ter o efeito oposto: a desinformação. "É tanta informação ao mesmo tempo que a pessoa não consegue selecionar o que realmente importa".
Renata Laís Araújo,16.